Neste 15 de outubro, o Jornal Estado de Direito celebra o Dia das Professoras e dos Professores, uma data que marca não apenas a importância do ensino, mas também o compromisso coletivo com a justiça social e a cidadania.
Embora a escolha do dia remonte ao Decreto Imperial de 15 de outubro de 1827, assinado por Dom Pedro I, que criou o ensino elementar no Brasil, foi uma mulher negra, professora e pioneira na política, quem deu sentido e reconhecimento social à celebração: Antonieta de Barros.
Antonieta de Barros: a professora que fez da educação um ato político
Nascida em 1901, em Florianópolis, Antonieta foi educadora, jornalista e a primeira mulher negra eleita deputada estadual no Brasil, representando Santa Catarina.
Em 1948, ela apresentou a Lei nº 145/1948, que instituiu o Dia do Professor no estado, transformando a valorização da docência em política pública e inspirando o reconhecimento nacional da data.
Sua trajetória é exemplo de resistência, fé no poder da palavra e compromisso com a emancipação por meio do saber. Ao defender a educação como instrumento de igualdade, Antonieta antecipou o que Paulo Freire viria a sintetizar décadas depois: “ensinar é um ato de amor e, por isso, um ato de coragem.”
Educar é sustentar a democracia
Hoje, homenagear as professoras e os professores é reafirmar que o conhecimento é pilar do Estado Democrático de Direito.
São elas e eles que, nas escolas, universidades e comunidades, constroem o pensamento crítico, alimentam a esperança e transformam vidas.
O Jornal Estado de Direito, que há 20 anos promove o diálogo entre o Direito, a cultura e a educação popular, presta homenagem a todas as pessoas que ensinam — com firmeza, ternura e compromisso ético — a arte de pensar e de agir no mundo.
