Dentista de 24 anos morreu uma semana após agressão em Ribeirão Preto.
Gabriel Navarro, de 19 anos, não foi encontrado e já é considerado foragido.
A Justiça de Ribeirão Preto (SP) decretou no final da tarde desta segunda-feira (17) a prisão preventiva do estudante Gabriel Navarro, de 19 anos, suspeito de agredir um dentista na porta de uma casa noturna do município na madrugada de 2 de novembro. Testemunhas disseram que João Paulo de Moraes Camillo, de 24 anos, levou um soco do estudante, caiu e bateu a cabeça no chão. O dentista ficou internado em coma induzido por uma semana, mas não resistiu e morreu no dia 8 de novembro. Segundo a Polícia Civil, Navarro, que mora em Ibitinga (SP), não foi encontrado em sua casa e já é considerado foragido.
Procurado pelo G1, o advogado do estudante informou que não teve acesso ao documento expedido pela Justiça e disse ainda que deve entrar com um pedido de habeas corpus nesta terça-feira (18) no Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP). Em depoimento prestado na sexta-feira (14), Navarro negou as acusações.
De acordo com o delegado Leonardo Balbim, responsável pelo setor de comunicação social da Polícia Civil, o pedido de prisão de Navarro foi encaminhado ao Fórum na sexta-feira (14). Segundo Balbim, o argumento da polícia pelo cumprimento de prisão preventiva se deu porque havia indícios de que o estudante poderia tentar fugir.
“O pedido foi embasado na manutenção da ordem pública e na garantia da aplicação da lei penal. Havia riscos e indícios de que ele poderia fugir, o que efetivamente ocorreu. Com a decretação da prisão preventiva, nossas equipes já diligenciaram nos endereços dele e ficou constatado que ele está foragido”, explica Balbim.
Habeas corpus
Por telefone, o advogado de defesa de Navarro, Ariovaldo Moreira, informou que não teve acesso ao documento expedido pela Justiça. Moreira disse também que vai entrar com um pedido de habeas corpus ao estudante no TJ-SP. O advogado não comentou o fato de Navarro estar foragido.
O caso
A agressão que teria resultado na morte de Camillo aconteceu na madrugada de 2 de novembro, na porta de uma casa noturna. Segundo testemunhas, o rapaz recebeu um forte soco no rosto após ter dito a um desconhecido que não tinha cigarros. Irritado, o jovem armou o golpe e atingiu o dentista, que caiu no chão já inconsciente e bateu a cabeça. Camillo passou por uma cirurgia, ficou internado em coma induzido por uma semana, mas não resistiu.
De acordo com a Polícia Civil, o suspeito, Gabriel Navarro, foi indiciado no dia 6 de novembro por lesão corporal dolosa. Entretanto, com a morte de Camillo, o resultado do exame necroscópico pode contribuir para a mudança da investigação que, neste caso, poderá ser tratada como homicídio.
Natural de Ibitinga, Navarro se apresentou na sexta-feira (14) e foi ouvido por carta precatória, conforme pedido de seu advogado, Ariovaldo Moreira. À polícia, segundo Moreira, Navarro negou todas as acusações. Ele disse que agiu em sua defesa porque teria sido xingado por Camillo e outros três amigos. O rapaz afirmou ainda que durante a confusão acabou empurrando o dentista, que caiu e bateu a cabeça no chão.
Fonte: http://g1.globo.com/