Quatro são indiciados por colocar fogo em local de casamento gay

Incêndio foi no Centro de Tradições Gaúchas de Santana do Livramento, RS.
Casal de gays se casaria no local, em uma cerimônia coletiva.

A polícia identificou quatro pessoas que são suspeitas de ter provocado um incêndio, no Rio Grande do Sul, só para impedir que fosse realizado o casamento de duas mulheres. O fogo destruiu um galpão do Centro de Tradições Gaúchas (CTG) de Santana do Livramento, lugar escolhido pela juíza da cidade para realizar um casamento coletivo. Entre os 29 casais inscritos, um é gay.

Os bombeiros levaram três horas para apagar as chamas. O lado de dentro do CTG foi bastante destruído. “Só houve danos materiais, não houve danos pessoais. É um vandalismo, talvez pela não aceitação de fatos, costumes”, afirma o delegado Eduardo Finn.

O CTG está no centro de uma polêmica, porque está marcado para sábado (13) o casamento comunitário para legalizar a situação de famílias de baixa renda. Entre os inscritos, estão duas mulheres que querem oficializar a união.

Quem está no centro dessa discussão são Solange e Sabriny. Antes do incêndio, elas conversaram com a equipe do Jornal Hoje. Questionadas se tinham pensado em desistir do casamento, Solange afirma que sim: “Fiquei com medo de sair na rua. Se eu sair na rua e alguém me fala as coisas, vou ter que ficar quieta. Vou ter que seguir”.

A ideia do evento foi da juíza da cidade, Carine Labres. Ela falou da polêmica em uma entrevista para o Fantástico, que foi ao ar no último domingo (7): “O meu desejo era realizar esse evento durante o mês de setembro, nos festejos da semana Farroupilha, como uma forma de homenagear a nossa cultura local e o nosso tradicionalismo. Tradição não é, nunca foi e nunca será sinônimo de preconceito”.

Desde a madrugada e durante toda a manhã a área do incêndio foi isolada para os trabalhos de perícia. A polícia trabalha com a hipótese de incêndio criminoso e, mesmo diante das ameaças, o casamento comunitário deve ser realizado.

O administrador do CTG, Gilbert Gisler, disse que já tinha sofrido ameaças: “Pra mim, o pior de tudo, é o preconceito. Não é desse jeito que vão intimidar e nós vamos mostrar que o Rio Grande do Sul não tem preconceito”.

“Qualquer crime contra a honra vai ser punido de acordo com o que prevê o código penal, assim como qualquer agressão física ou qualquer outro ato que venha acontecer que tenha conotação homofóbica”, afirma juíza.

A juíza disse em uma entrevista coletiva que vai pedir ajuda da comunidade pra reerguer o local para que o casamento seja realizado neste sábado mesmo, às 16hs.

Fonte: http://g1.globo.com/

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