ONU preocupada com uso de esporte para traficar crianças pelo mundo

A Organização Internacional para Migrações, OIM, está apoiando uma nova campanha da Missão 89 contra o aumento do uso do esporte para disfarçar tráfico de crianças que almejam principalmente jogar futebol profissional.

A Missão 89, uma organização de pesquisa e defesa, combate a exploração de jovens atletas, e a atuação de traficantes de seres humanos que usam o sonho de uma carreira no esporte.

Dentro e fora do campo

A diretora-geral adjunta da OIM, Ugochi Daniel, afirma que os criminosos utilizam falsas promessas para recrutar os jovens com abuso e enganação.

A campanha quer abrir os olhos dos atletas e aspirantes a uma carreira internacional para que estejam seguros dentro e fora de campo.

Batizada de “A Linha que Não Cruzamos”, a Declaração das Nações Unidas para a Eliminação da Exploração Infantil no Esporte, enfrenta a tendência preocupante do tráfico no setor.

O Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime, Unodc, revela que as crianças perfazem 38% das vítimas de tráfico identificadas em todo o mundo.

Os criminosos prometem trabalho em academias esportivas e até assinar contratos esportivos profissionais.

Batizada de "A Linha que Não Cruzamos", a Declaração das Nações Unidas para a Eliminação da Exploração Infantil no Esporte, enfrenta a tendência preocupante do tráfico no setor
FIFA
Batizada de “A Linha que Não Cruzamos”, a Declaração das Nações Unidas para a Eliminação da Exploração Infantil no Esporte, enfrenta a tendência preocupante do tráfico no setor

Falsas promessas

Com isso, 11% das crianças vítimas de tráfico humano acreditam nas falsas promessas.

Os dados são da organização Counter Trafficking Data Collaborative. Os atletas acabam sendo forçados a trabalhar, têm seu passaporte confiscado e vivem sob o jugo dos criminosos.

A campanha quer evidenciar ainda as vulnerabilidades estruturais da indústria esportiva, avaliada entre US$ 471 bilhões e US$ 1,4 trilhão.

Práticas antiéticas de recrutamento e sistemas de proteção inadequados criam oportunidades para traficantes, especialmente visando crianças pobres.

A campanha promove o recrutamento justo e responsável e o bem-estar infantil, incentivando instituições esportivas, governos e órgãos regionais a integrar estruturas de proteção em suas estruturas de governança.

Atletas e influenciadores

A iniciativa da OIM com a Missão 89 convida os participantes a firmarem um compromisso de integridade afirmando tolerância zero com o tráfico de crianças no esporte e promover mudanças políticas, engajando instituições e comunidades.

Participam legisladores, influenciadores e atletas.

A campanha é apoiada pela United Through Sports, UTS, um movimento global que trabalha pela inclusão e proteção de todos os jovens em alinhamento com as Olimpíadas, Paralimpíadas, Olimpíadas Especiais e 157 parcerias internacionais.

Fonte ONU

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