Nesta quarta, 31 de julho, ocorreu na Justiça do Trabalho do Rio de Janeiro uma audiência sobre o caso das diretoras do Sindipetro-RJ, Carla Marinho e Patrícia Laier, uma vez que a Petrobrás as destituiu de suas respectivas consultorias, em clara perseguição por ambas exercerem atividade sindical.
“A destituição veio como consequência de uma conduta antissindical da empresa, porque destitui de um cargo técnico por serem, exclusivamente, parte de um quadro sindical. Então entendemos que isso é uma pratica antissindical, e nesse aspecto quando dizemos que existe esta prática fazemos o reflexo que isso tem no plano individual e coletivo. Dizemos que no plano individual isso tem danos materiais, como perda de gratificação, uma vez que sendo carreira em “Y” a forma de ascensão profissional seria pelo viés técnico. E se ser dirigente sindical impede a ascensão profissional, isso, obviamente, é um dano profissional que a pessoa tem” – explicou a advogada Karina de Mendonça, integrante da assessoria Jurídica do Sindipetro-RJ.
Na ação movida pelo Sindicato, as diretoras pedem a reincorporação das consultorias à Petrobrás. A audiência foi encerrada sem que fosse proferido o mérito da causa.
“Em relação à audiência de hoje (31/07) não sei o que dizer , pois ela teve aspectos positivos e negativos e o que a juíza vai decidir, não sei. Mas seja lá o que acontecer nós vamos continuar firmes na luta, insistindo seja contra qualquer pratica antissindical, qualquer pratica de assédio moral, seja em defesa da nossa Petrobrás. Essa defesa é intransigente e ela não vai morrer independentemente do que os tribunais decidam” – relatou Carla Marinho.
Mais perseguições
Compondo esse cenário de perseguição e arbitrariedade, existe ainda o caso do dirigente Antony Devalle que foi prejudicado na recente reestruturação da Comunicação da Petrobrás.
“Tenho sido vítima de preconceito dentro da Comunicação na empresa, inclusive na reestruturação que houve em que fiquei sem vaga. E mesmo tendo qualificação não fui sequer chamado para entrevista em duas das vagas que eu tinha especialmente qualificação, e mesmo quando fui chamado, a coisa se deu muito em pro forma. Muitos trabalhadores que a empresa não quer têm sido prejudicados. Então a situação tem sido bem difícil no dia a dia” – conta.
Ditadura corporativa neoliberal
A gestão entreguista de Castello Branco e de seu preposto, Claudio Costa, através de seus gerentes submissos, quer subordinar a técnica as suas políticas prejudiciais para a empresa e para o país , aplicando uma gestão de RH que coíbe e coage ideias divergentes e tenta anular a organização dos empregados da empresa.
“A palavra de ordem na hierarquia, e Claudio Costa é o principal símbolo disso na Petrobrás é: ou se alinhem ou estão fora. E infelizmente existem pessoas que se alinham e ao se alinharem significam ser coniventes com essas práticas. Práticas antissindicais, assédio, violência e todo o arsenal ‘bélico’ de ataque aos trabalhadores que esta gestão atual está praticando. Para coagir, constranger e atacar a Petrobrás através do que ela tem de mais valioso que é a sua força de trabalho” – resume Igor Mendes, diretor do Sindipetro-RJ.
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