Como o projeto é idealizado por mim, a cada nova proposta criada, tenho que ver os passos de sua aplicação técnica exercitando-a, antes de passar para a prática com o público alvo.
Recorri ao rico universo de Kandisnky e Manabu Mabe, suas técnicas e suas cores.Tentei chegar na consistência certa do acrílico, que não era a técnica deles! Escolhi uma imagem de Kandinsky para experienciar (foto entre as minhas recriações). A livre escolha já mobiliza associações conscientes e inconscientes, que se aprumam para a expressão criativa. Sim, porque também concordo com a artista Agnes Martin: “A arte abstrata é a representação dos nossos sentimentos mais sutis.”
Deixei para fazer a meia-lua vermelha depois de secar a obra. E fiquei em dúvida como ela tem que ser vista pelo espectador. Aceito sugestões!
Agora coloco em ordem tudo o que fiz e adapto para as crianças de 3 anos a 17 anos, e ao mínimo espaço físico que tenho, para ter o sucesso almejado. Adorei fazer. Mexer com tintas sempre nos revitaliza, nos energiza e brota uma satisfação de dentro do peito que nos envolve todo, resultando em tranquila alegria de viver. É a experiência que nos aproxima do Criador. Nós co-criamos. Somos protagonistas do aperfeiçoamento do universo, pois multiplicamos esta fagulha criativa que há dentro de nós, como seres humanos. Desde as cavernas fazemos isto. Nos aproxima de nossa humanidade. Esta é uma das principais propostas do Artinclusão, que no Abrigo de Passagem AR7/Fasc, tem o patrocínio do Fumproarte.
Assim nasceu mais uma oficina para o elenco das muitas que compõem o projeto. Com Carmela Grüne e Jeanne Luz da Silva