SEMESP apresenta dados de empregabilidade de formados no ensino superior

 

Foto: pixabay

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O Semesp apresentou nesta quarta-feira, 18, em sua sede, os resultados da primeira pesquisa de egressos que mostra o nível de empregabilidade dos alunos que concluíram o ensino superior, tanto em instituições públicas quanto privadas.

O resultado foi considerado positivo pelo diretor executivo Rodrigo Capelato, que apresentou os dados colhidos no primeiro trimestre de 2017, “um ano ainda de instabilidade econômica e crise em todo o país”, comentou.

Dois a cada três alunos que concluíram o ensino superior estão trabalhando atualmente, sendo que a maioria em sua área de formação. Um total de 44,4% dos concluintes que saíram das IES públicas não estão trabalhando no momento, e continuam estudando em cursos de pós-graduação (56,2%), principalmente na modalidade stricto sensu (53,1% em mestrado ou doutorado). Já entre os 29,5% que não trabalham no momento e saíram de IES privadas, a maioria (60,5%) não está fazendo outro curso atualmente.

62% dos formandos que responderam à pesquisa são mulheres e 38% homens e a maioria está na faixa etária de 25 a 29 anos. Outro dado animador é que 55% dos concluintes de IES privadas disseram ter conseguido uma promoção depois de formados. O índice para os concluintes da escola pública foi de 50%.

Já em relação às áreas de estudo, o maior número de egressos no ensino superior privado é de Ciências Sociais, Negócios e Direito (43,4%) e Saúde e Bem-estar Social (19,4%), enquanto no ensino público é de Ciências Sociais, Negócios e Direito (23,2%) e Ciências, Matemática e Computação (21,9%).

A maioria dos formados em direito disseram estar trabalhando na área e recebendo até 3 mil reais. Já os alunos de engenharia foram os que citaram maior dificuldade em encontra uma oportunidade, mas essa foi a área que registrou os maiores salários, mais de R$ 3 mil.

Pode-se concluir então que a área de Ciências Sociais, Negócios e Direito apresenta o maior nível de empregabilidade. Já nos cursos da área de Saúde e Bem-Estar Social 75% tiveram algum tipo de promoção, seguido da área de ciências.

Mas onde as IES podem melhorar? Todos os respondentes, de instituições públicas e privadas, gostariam que seus cursos tivessem mais aulas práticas, que as escolas firmassem parcerias com empresas e que estivessem mais alinhadas com o mercado de trabalho.

Pensando nisso, Rosa Maria Simone, supervisora de conteúdo do Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE) conduziu uma apresentação que mostrou a importância do estágio para a formação completa do aluno.

A supervisora contou as dificuldades para preencher vagas mesmo com um banco de mais de 2 milhões de alunos e 30 mil empresas ativas, pois o que o mercado espera é um profissional com novos comportamentos e habilidades específicas para o mundo moderno e competitivo “Claro, o aluno precisa estar qualificado, mas o mercado quer diferenciais como um perfil inovador, um bom relacionamento interpessoal, senso crítico, iniciativa e que traga em sua bagagem uma boa vivencia”, pontuou para que os gestores presentes pudessem refletir em como estimular esses itens em seus alunos.

O presidente e CEO da Symplicity, Matthew Small, mostrou as soluções desenhadas pela empresa norte-americana especialista em recursos de empregabilidade para atender as instituições no desafio de motivar, reter e preparar seus alunos. “A expectativa dos alunos mudou e as instituições precisam acompanhar. Retenção deve ser estratégia básica, porque se o aluno não se forma, ele tem menos chances. E para isso a instituição deve ter uma estratégia baseada em dados, tecnologia e análise de mercado que a façam reconhecer seu ecossistema”.

Small ainda reforçou que o uso de tecnologia nas aulas pode aproximar o aluno dos afazeres que terá no mercado e que a reputação das instituições ainda é muito considerada pelas empresas, por isso elas devem estar atentas a esse índice.

Voltando para o Brasil, Camila Veiga, gerente de empregabilidade do grupo Kroton Educacional, apresentou o Canal Conecta, um portal que funciona quase como uma mídia social e reúne um banco de dados de alunos e empresas. O perfil do aluno é preenchido com perguntas de habilidades e comportamentos, e não somente com as informações tradicionais de um currículo. Os candidatos são classificados pela aderência à vaga e a empresa curte o aluno para convida-lo para uma entrevista.

A ferramenta, que ainda demonstra diversidade em adesão e funcionalidades, vem trazendo histórias de sucesso e, de acordo com as pesquisas da Kroton, inserindo novos profissionais no mercado. “Nossa pesquisa de empregabilidade mostra que após 4 anos de estudo os alunos formados pela instituição tiveram aumento de 80% em suas rendas”, finaliza.

 

Fonte: Semesp

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