O chefe de gabinete do presidente da Petrobras, Armando Toledo, afirmou que está mantida a projeção de investimento de R$ 400 bilhões pela empresa nos próximos quatros anos. “É mais do que a soma de investimentos de todos os estados do País”, destacou, em fórum permanente de debates da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados. O fórum, composto de trabalhadores, empresários e integrantes do governo, busca construir alternativas aos impactos negativos da Operação Lava Jato, da Polícia Federal, na atividade econômica nacional.
“Mesmo de forma enxugada, a Petrobras vai investir muito dinheiro, que vai ser distribuído de forma correta, sem superfaturamento, propina; o dinheiro vai ser aplicado nas finalidades e isso gera um resultado fantástico”, disse Toledo. Segundo ele, corrigir os motivos que causaram a “desgraça” na empresa é “problema do Ministério Público, da Polícia Federal e da Justiça”.
De acordo com Toledo, a Petrobras vai buscar parcerias, inclusive com outros países interessados, para ajudar a cumprir com os objetivos da empresa. “A maior dívida corporativa do mundo tem que ser cuidada, e, para isso, é necessário trazer parceiros”, salientou. “Nem todos os objetivos anteriormente desenhados serão levados adiante, porque alguns projetos precisam de dinheiro muito grande, como tudo na área de petróleo”, observou.
Conforme ele, a ideia é focar na exploração, produção, refinamento e distribuição de petróleo e “deixar para segundo plano o que não mereça a principal atenção”. Ele ressaltou, porém, que os detalhes do plano de negócios da Petrobras não podem ser divulgados, para não prejudicar a estratégia da empresa.
Ainda segundo o representante da presidência da Petrobras, a empresa “dá dois passos para trás para depois dar dois passos para frente”. “Não existe descaso com nenhuma área, mas caminhamos com os pés no chão, para que não tenhamos problemas futuros”, apontou. Ele acrescentou que o momento é de “rearrumação” e que espera “a volta da paixão e do orgulho pela maior empresa do País”. “Apesar do quadro terrível, agravado pela conjuntura internacional, quanto maior o problema, mais calejados saímos”, completou.
Fonte: Agência Câmara Notícias