O Artinclusão/Tom Jobim/Fase convida para o lançamento de sua próxima exposição: “Miau, miau, cocoricó” – Releituras de Aldemir Martins

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No dia 14 de agosto, às 15:30h, na Sede da FASE – Av. Padre Cacique, 1.372, acompanhado com o Seminário “Arte na Socioeducação”, com certificado de presença gratuito. Na ocasião 46 adolescentes, masculinos e femininos, em cumprimento de medidas socioeducativas por delitos graves e reincidentes, apresentarão o resultado das pinturas do referido projeto. A escolha do artista Aldemir Martins se prende ao fato deste nordestino e modernista ter nascido muito pobre e projetado as cores, costumes e animais brasileiros para o mundo todo. A ênfase é em seus gatos e galos, mas também pássaros e peixes. São 54 obras, na técnica acrílica sobre telas de 50×70, comercializadas pelo valor de R$ 100,00, revertidos para os jovens artistas.

 
Desenvolvido desde 2013 o Artinclusão tem por objetivo acolher e tratar a violência por meio da arte. Inserido na grade curricular da Escola Estadual Tom Jobim, que atende as Instituições da Fase, do complexo Vila Cruzeiro, proporciona oficinas semanais em pintura, história da arte, exercitando a vivência grupal, a relação com os limites e a transformação dos impulsos em potência criativa. Possui um caráter profissionalizante e de geração de renda. Nestes quatro anos de atividades se mostrou estratégico na prevenção de rebeliões e violências internas, já que em dois episódios sérios, em alas diferentes, os únicos que não estavam envolvidos no conflito, eram os participantes das oficinas. Fatos estes que remeteram o projeto para quatro congressos nacionais e internacionais. Terá um artigo lançado pela Ufrgs, selecionado a partir de sua apresentação no II Colóquio Internacional de Justiça Juvenil/2016 e em breve será lançado um documentário sobre o mesmo, sob a direção do Jornalista Léo Nuñez.

 
Infere-se que a ampliação do Artinclusão possa interferir na prevenção da violência urbana, que tem vitimado, prioritariamente, jovens na nossa cidade.
Vai na contramão do ditado popular “bandido bom é bandido morto!”, que só tem recrudescido a violência no país, pois aposta no desenvolvimento de outros potenciais adormecidos no seu público alvo, seguindo os passos de metodologias semelhantes a dos países:Suécia, Holanda e Dinamarca, onde se presídios estão diminuindo e transformados em centros culturais ou hospedarias

 
O caráter de perfil agravado, como critério do projeto, encontra apoio na teoria do chileno Jaime Couso Salas, que comprova por pesquisas latinoamericanas, que estes são os com maior potencial para a ressocialização, para estes o melhor em Educação, profissionalização, cultura e arte. Para os demais o desenvolvimento de projetos com a exitosa Justiça Restaurativa e a semiliberdade. Aloizio Pedersen – idealizador e executor do Artinclusão, é professor da rede pública há 39 anos, sempre atuando com projetos. Como Arteterapeuta tem seu método registrado pela obra: “Sujeitos e Instituiuções – Modos de cuidar e tratar – Uma visão cartográfica” pela Secretaria da Justiça e Segurança Pública. Como Artista Plástico é verbete de vários dicionários, entre eles: Dicionário de Artes Plásticas no RS – Editora da Universidade.

 

 
Informações

Telefone: 99986.6250

Página: Aloízio Pedersen  e Artinclusão

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