Luanas x Pedros: uma triste história que se repete em muitos lares brasileiros

Renata Malta Vilas-Bôas, articulista do Jornal Estado de Direito

 

 

Volta e meia nos deparamos com as posições externas por Luana Piovani sobre o comportamento do ex-marido para com relação aos filhos em comum.

Luana tem usado as redes sociais para desabafar e expor situações por ela vivenciada quando ao relacionamento parental de Scooby e os três filhos que eles tem.

E como não podia deixar de ser, parte da plateia apoia Luana enquanto que outra parte aponta que o comportamento dela é exagerado e que se trata apenas de mi-mi-mi.

Apesar de não ser favorável à exposição da vida e das dificuldades enfrentadas pelas crianças, pois entendo que elas precisam ser preservadas, por outro lado entendo também que esse desabafo feito por Luana reverbera por milhares de “Luanas” pelo Brasil a fora, que sofrem e sentem da mesma forma.

Apesar de termos as exceções, culturalmente os homens acabam não colocando os filhos como prioridade em suas vidas. Assim, ao programar a sua nova vida deixam de incluir as responsabilidades que deveriam ter para com as crianças e a ex-esposa fica responsável por tudo ou quase tudo referente aos filhos.

A maioria dos homens deixam a ex-esposa, deixam também os filhos –  abandonando essas crianças tanto do ponto de vista financeiro quanto do ponto de vista emocional. Virando as costas para essas crianças como se elas nunca tivessem feito parte de suas vidas.

Vejamos alguns exemplos:

Pai resolve tirar férias. E nesse seu período de férias não leva em consideração que a criança está em período escolar – portanto não irá viajar com papai – mas também o pai não irá buscar nos seus finais de semana e demais dias combinados. Assim, um mês que o pai estiver de férias a criança ficará com a genitora – quer ela queira ou não… Pois o pai simplesmente virou as costas para a criança e para os dias de sua convivência. Abandona seus filhos e as pessoas (leia-se avós paternos, amigos do pai) acham super normal… afinal, ele tem a vida dele…

Pai resolve não tirar férias no período de férias da criança. E nesse período que seria para ele cuidar dos filhos resolve trabalhar e não se preocupa em com quem a criança vai ficar. Afinal, dizem os seus amigos… o pai precisa trabalhar para pagar a pensão alimentícia …

Nesses dois exemplos, simplesmente o pai vira as costas para os seus filhos… E a mãe é que precisa resolver “esse problema”…

Se a mãe cobra – conforme Luana – passa a ser malvista, mal falada, maldita. Afinal, ela é que tem que “resolver” o problema, criado pelo pai inconsequente que não pensou em seus filhos …

Se a mãe não cobra – como grande maioria das mulheres – que ainda acham que a responsabilidade é exclusiva delas, acabam comprometendo a sua saúde mental, física e isso muitas vezes impacta em sua produção intelectual, em seu trabalho.

E a incorrência só segue…

Os pais clamam por ter a guarda compartilhada. Mas, na verdade, na hora de executar a guarda compartilhada, ainda não aprenderam a ser pai, não aprenderam que os interesses dos filhos devem ser prioridade, que as crianças não são mini-adultos e que precisam de regramentos específicos, como hora de dormir, alimentação saudável no horário da criança e não em qualquer horário ou de qualquer forma…

Depois, esse pai idoso não queira cobrar do filho que foi criado assim, sua atenção e dedicação, pois o pai ensinou que cada um deve se virar sozinho e que não pode contar nem confiar no outro. Que triste velhice será a desse pai… Que triste infância foi dessa criança…

 

 

 

 

renata vilas boas
*Renata Malta Vilas-Bôas é Articulista do Estado de Direito, advogada devidamente inscrita na OAB/DF no. 11.695. Sócia-fundadora do escritório de advocacia Vilas-Bôas & Spencer Bruno Advocacia e Assessoria Jurídica, Professora universitária. Professora na ESA OAB/DF; Mestre em Direito pela UPFE, Conselheira Consultiva da ALACH – Academia Latino-Americana de Ciências Humanas; Acadêmica Imortal da ALACH – Academia Latino-Americana de Ciências Humanas; Integrante da Rete Internazionale di Eccelenza Legale. Secretária-Geral da Rede Internacional de Excelência Jurídica – Seção Rio de Janeiro – RJ; Colaboradora da Rádio Justiça; Ex-presidente da Comissão de Direito das Famílias da Associação Brasileira de Advogados – ABA; Presidente da Comissão Acadêmica do IBDFAM/DF – Instituto Brasileiro de Direito das Familias – seção Distrito Federal; Autora de diversas obras jurídicas.

 

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