A Liga Árabe vai realizar nesta quinta-feira (17), no Cairo, uma reunião extraordinária sobre o que chamou de “agressão israelense contra o povo palestino”, por conta do exército israelense que abriu fogo contra manifestantes palestinos.
Cerca de 60 pessoas morreram e mais de 2,5 mil ficaram feridas. A manifestação, segundo os palestinos, foi motivada pela transferência da embaixada dos Estados Unidos para Jerusalém. A reunião foi solicitada pela Arábia Saudita.
Hoje (16), delegados permanentes do grupo irão se reunir para tratar da transferência da embaixada dos Estados Unidos. Segundo o secretário-geral da Liga, Ahmed Abul Gheit, a decisão americana é considerada pela Liga Árabe uma “clara violação do direito internacional”.
Ao solicitar a reunião de amanhã, a Arábia Saudita, afirmou que é preciso discutir a “agressão israelense contra o povo palestino”, bem como é necessário debater a decisão dos Estados Unidos sobre a transferência da embaixada.
O secretário-adjunto da Liga Árabe, Hosam Zaki, também criticou a atitude dos Estados Unidos e chamou de “ilegal” o posicionamento do governo norte-americano.
Grupo extremista
Desde a última segunda-feira, Israel afirma defender o seu território e atribuiu a violenta reação ao fato de que os manifestantes pertenciam ao grupo extremista Hamas que queriam invadir Israel, cruzando a faixa de Gaza, na fronteira com a Cisjordânia.
A decisão do presidente Donald Trump de transferir a embaixada e reconhecer Jerusalém como a capital de Israel foi tomada de maneira unilateral. As Nações Unidas, União Europeia e Reino Unido condenaram a medida.
A Liga Árabe, cujo nome é Liga de Estados Árabes, é uma organização internacional de estados árabes fundada em 1945, no Cairo, capital do Egito, por iniciativa da Arábia Saudita, Egito, Iraque, Líbano, Síria e Transjordânia (atual Jordânia) e Iêmen.
Hoje, 22 países são membros da organização, que busca promover e reforçar laços econômicos, políticos e culturais, além de amenizar eventuais conflitos e disputas.
Israel não faz parte da Liga e a Síria está suspensa desde de 2011, por causa da guerra civil no país.
Fonte: Agência Brasil