Autoridades querem saber se companhia ou funcionários pagaram propina.
SEC também estaria investigando a estatal.
Departamento de Justiça dos Estados Unidos abriu uma investigação criminal contra aPetrobras por conta das denúncias de corrupção na companhia, segundo o jornal britânico “Financial Times”. De acordo com a reportagem, as autoridades dos Estados Unidosestão investigando se a estatal ou funcionários da empresa receberam propina.
Além da investigação criminal, a Petrobras também seria alvo da Securities and Exchange Comission (SEC) dos EUA, órgão que regula o mercado de capitais e que, no Brasil, seria correspondente à Comissão de Valores Mobiliários (CVM). A Petrobras tem papéis negociados nos mercados de Nova York, por isso o interesse dos EUA nas denúncias.
Ainda segundo o “FT”, as autoridades dos EUA querem saber se a Petrobras, seus funcionários ou intermediários violaram o Ato de Práticas Corruptas Estrangeiras, um estatuto anti-corrupção que considera ilegal subornar oficiais estrangeiros para conseguir ou manter negócios.
A publicação aponta que o Departamento de Justiça, a SEC e a Petrobras foram procurados, mas não responderam aos pedidos da reportagem para comentar o assunto. Em resposta a questionamentos feitos anteriormente pela Comissão de Valores Mobiliários brasileira, a Petrobras informou que criou comissões internas para averiguar “indícios ou fatos contra a empresa”.
Denúncias
A Petrobras está no centro das investigações da operação Lava-Jato, da Polícia Federal. O esquema, segundo a PF, foi usado para lavagem de dinheiro e evasão de divisas que, segundo as autoridades policiais, e movimentou cerca de R$ 10 bilhões. De acordo com a PF, as investigações identificaram um grupo brasileiro especializado no mercado clandestino de câmbio.
Os principais contratos sob suspeita são a compra da refinaria de Pasadena, nos EUA, que teria servido para abastecer caixa de partidos e pagar propina, e o da construção da refinaria de Abreu e Lima, em Pernambuco, da qual teriam sido desviados até R$ 400 milhões.
Fonte: http://g1.globo.com/