Justiça determina fiscalização permanente de emissão de poluentes pela CSN

O Instituto Estadual do Ambiente (Inea) deverá fiscalizar permanentemente a emissão de partículas poluentes pela Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), em Volta Redonda, no norte fluminense. A determinação é da Justiça Federal, que em julho já havia ordenado uma reduçãodas emissões para 70 miligramas por normal metro cúbico (mg/Nm3), dentro do limite tolerado pela Resolução Conama n° 436/2011. Com a decisão, a ideia é verificar diariamente se as emissões estão dentro do permitido. O Nm3 é a unidade de medida utilizada para expressar a vazão de gás.

Segundo o procurador da República que acompanha o caso, Julio José de Araújo, as medições atuais, feitas pelo Inea, são publicadas apenas semestralmente, o que dificulta o acompanhamento diário da poluição. Ele explicou que apesar de a CSN fornecer os dados diariamente ao Inea, o balanço “é feito sempre olhando para trás, retrospectivamente”, disse.

Agora, com a ordem da Justiça, o procurador acredita que será possível conferir se a CSN se ajustou à resolução do Conama, diminuindo a poluição emitida na cidade de Volta Redonda, por meio da Usina Presidente Vargas. Em disputa judicial, a empresa defendia a permissão para emissão de 100 mg/Nm3. O pedido, no entanto, não foi aceito pelo juiz federal Rafael de Souza Pereira.

“Nossa preocupação é garantir uma efetiva redução das emissões, se é que [a decisão de reduzir] vai ser cumprida, e a gente espera que sim”, acrescentou o procurador. Na decisão, para autorizar o monitoramento, o juiz determinou ainda medições à noite e aos finais de semana.

O magistrado questionou também a situação da licença de operação da usina e determinou que o governo do estado do Rio, por meio do Inea, não renove o licenciamento do empreendimento “enquanto a situação ambiental não estiver toda resolvida”.

De acordo com o MPF, todos os medidores de poluição instalados na usina da CSN vêm demonstrando que a emissão de partículas está acima dos limites permitidos, causando prejuízos ao meio ambiente e à população de Volta Redonda.

A Comissão Ambiental Sul, formada por moradores de bairros afetados pelas emissões da CSN, diz que a poluição piora a qualidade de vida, acarretando problemas de saúde. “Percebemos problemas respiratórios e doenças causadas por componentes oriundos da CSN, que é nossa maior poluidora”, afirmou o coordenador da comissão, Delio Guerra Filho.

Procurados pela reportagem, o Inea e a Companha Siderúrgica Nacional não comentaram a decisão.

Fonte: EBC

Picture of Ondaweb Criação de sites

Ondaweb Criação de sites

Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing elit, sed do eiusmod tempor incididunt ut labore et dolore magna aliqua. Ut enim ad minim veniam, quis nostrud exercitation ullamco laboris nisi ut aliquip ex ea commodo consequat. Duis aute irure dolor in reprehenderit in voluptate velit esse cillum dolore eu fugiat nulla pariatur. Excepteur sint occaecat cupidatat non proident, sunt in culpa qui officia deserunt mollit anim id est laborum.

Notícias + lidas

Cadastra-se para
receber nossa newsletter