A Organização Mundial da Saúde (OMS) confirmou nesta terça-feira que a Espanha está livre de ebola e parabenizou o país pela forma com a qual soube controlar a expansão da doença.
“A OMS felicita a Espanha pelas medidas iniciadas para identificar casos potenciais e prevenir mais transmissões do vírus do ebola”, segundo um comunicado da OMS.
“Essas medidas incluem tanto um acompanhamento exaustivo dos contatos – tanto os de alto risco como os de baixo – como o treinamento sobre o uso correto das roupas de proteção pessoal para os profissionais da saúde que trataram a paciente infectada com o vírus do ebola”, acrescentou.
Para que um país seja declarado livre do vírus, devem se passar 42 dias sem que pessoas que tiveram contato com o portador inicial ou com alguém infectado por este desenvolvam a doença. Isso inclui os profissionais de saúde que trataram pacientes com ebola, inclusive se usaram as roupas de proteção. Essa prevenção extra se deve ao fato de que, apesar de usar o traje, a pessoa pode ter se infectado sem se dar conta.
A conta dos 42 dias começa no dia que se confirma clinicamente pela segunda vez que não há rastro do vírus nos fluidos do paciente infectado.
O primeiro e, até o momento, único caso de transmissão de ebola dentro da Espanha – e fora da África – foi o da auxiliar de enfermagem Teresa Romero, cuja infecção foi confirmada no dia 6 de outubro. Ela trabalhava em um hospital de Madri no qual atendeu um religioso com ebola que havia voltado à Espanha no dia 22 de setembro, procedente de Serra Leoa.
No dia 21 de outubro, Romero deu negativo pela segunda vez no exame que indica a presença de ebola no corpo, por isso seus médicos anunciaram que tinha sido curada. Desde então, passaram-se 42 dias e nenhuma das pessoas que tiveram contato com ela desenvolveu a doença.
