Na oficina desta semana, na AR7/Fasc, com 18 participantes de 3 a 17 anos, tinha como tema: Garatujas e Desenhos Livres. Em primeiro lugar os 9 menores faziam grafismos, diretos com acrílica, na base de 6 telas, de 70×50, cada um tendo , no mínimo, 3 oportunidades de usarem o pincel com a cor que escolheram. Depois estas telas ficam com os mais velhos, que se inspiram nesta expressão dos pimpolhos e criam seus desenhos na parte superior.
Na foto, uma das vezes que nosso Anjinho atuou e o resultado final da obra que participou. Tudo organizado e todos esperando sua vez, muito concentrados e excitados.
Depois de tudo pronto e aplaudido por todos, fechou as 2 horas de oficina, é a hora do gostoso lanche, neste dia com café com leite e pão caseiro, com manteiga e mumu.
E eu dou uma arrumada geral no espaço, sala da casa dos meninos, e organizo os muitos pincéis, mais de 30 potes de tintas, guardo as telas numa salinha contígua, para secarem.
Quando volto para pegar todo material, para sair, entrou comigo na sala o Anjinho Barroco, lindo, negro, 4 anos, com olhos em cachoeira, com audíveis soluços e sentou no banco!
– O que houve? Perguntei, pensando que motivo faria esta sequência de lagrimas intermináveis.
– Ele disse que é de saudades do pai. Me respondeu o Educador que entrara logo após, atrás do Anjinho.
– Putz! ( Me ajoelhando para ficar a sua altura.) Acho que vou chorar junto! Disse isto e pensei: tenho uma saudade medonha do meu pai, nestes 28 anos de separação, por sua morte. Coloquei uma mão na frente de seu peito e a outra nas costas e comecei a massageá-lo suavemente. – Sei bem como é isto. Chora bastante, mas respira assim como eu: puxa o ar pelo nariz e sopra pela boca. – Isto! Assim mesmo! Mais uma vez junto comigo. Fez direitinho três vezes e se acalmou.
– Passou? Ele consentiu com a cabeça e levantou os olhos, com a face ainda com muitas lágrimas e me disse: – Gostei de pinta!
Esta atividade tão lúdica e prazerosa constelou nele os momentos de alegria que vivera com seu pai e voltou ao local da pintura, para prantear sua saudade.
Este Anjinho Barroco me permitiu fazer mais uma, as mais de mil preces, que faço de agradecimento ao pai que tive, que num certo episódio de nossa vida, presenciei, embora tivesse uns 5 anos, um banho que deu em um menino, vizinho nosso, de menos de 2 anos, ardendo em febre, e saiu correndo, lomba abaixo, de madrugada, para acordar o Dr. Crescente, na Av Teresópolis, e atender e salvar o menino.
Parece que meu pai estava comigo, neste episodio, porque não pensei duas vezes para fazer o que fiz. Foi automático! Foi a força de um sublime exemplo!
Grato pai!
(Em memória a Arnaldo Pedersen)
Depois de tudo pronto e aplaudido por todos, fechou as 2 horas de oficina, é a hora do gostoso lanche, neste dia com café com leite e pão caseiro, com manteiga e mumu.
E eu dou uma arrumada geral no espaço, sala da casa dos meninos, e organizo os muitos pincéis, mais de 30 potes de tintas, guardo as telas numa salinha contígua, para secarem.
Quando volto para pegar todo material, para sair, entrou comigo na sala o Anjinho Barroco, lindo, negro, 4 anos, com olhos em cachoeira, com audíveis soluços e sentou no banco!
– O que houve? Perguntei, pensando que motivo faria esta sequência de lagrimas intermináveis.
– Ele disse que é de saudades do pai. Me respondeu o Educador que entrara logo após, atrás do Anjinho.
– Putz! ( Me ajoelhando para ficar a sua altura.) Acho que vou chorar junto! Disse isto e pensei: tenho uma saudade medonha do meu pai, nestes 28 anos de separação, por sua morte. Coloquei uma mão na frente de seu peito e a outra nas costas e comecei a massageá-lo suavemente. – Sei bem como é isto. Chora bastante, mas respira assim como eu: puxa o ar pelo nariz e sopra pela boca. – Isto! Assim mesmo! Mais uma vez junto comigo. Fez direitinho três vezes e se acalmou.
– Passou? Ele consentiu com a cabeça e levantou os olhos, com a face ainda com muitas lágrimas e me disse: – Gostei de pinta!
Esta atividade tão lúdica e prazerosa constelou nele os momentos de alegria que vivera com seu pai e voltou ao local da pintura, para prantear sua saudade.
Este Anjinho Barroco me permitiu fazer mais uma, as mais de mil preces, que faço de agradecimento ao pai que tive, que num certo episódio de nossa vida, presenciei, embora tivesse uns 5 anos, um banho que deu em um menino, vizinho nosso, de menos de 2 anos, ardendo em febre, e saiu correndo, lomba abaixo, de madrugada, para acordar o Dr. Crescente, na Av Teresópolis, e atender e salvar o menino.
Parece que meu pai estava comigo, neste episodio, porque não pensei duas vezes para fazer o que fiz. Foi automático! Foi a força de um sublime exemplo!
Grato pai!
(Em memória a Arnaldo Pedersen)
Fotos em: https://www.artinclusao.com.br/post/anjinho-barroco-tamb%C3%A9m-chora