Dilma recebe notificação do afastamento e volta a dizer que é vítima de um golpe

No início da manhã desta quinta-feira, o Plenário do Senado aprovou, por 55 votos a 22, a autorização para abrir processo de impeachment contra a presidente Dilma

A presidente da República afastada, Dilma Rousseff, acaba de fazer seu primeiro pronunciamento público, minutos após receber do 1º secretário do Senado, Vicentinho Alves (PR-TO), o mandado de intimação que comunica a instauração de processo no Senado por crime de responsabilidade. O mandado de intimação, assinado pelo presidente do Senado, Renan Calheiros, determina o afastamento da presidente de suas funções por até 180 dias.

Após notificação de afastamento da Presidência da República, Dilma Rousseff discursa na saída do Palácio do Planalto

Dilma, acompanhada de ex-ministros e do ex-presidente Lula, discursa para os manifestantes que a aguardavam em frente ao Palácio do Planalto | Créditos: Antonio Augusto / Câmara dos Deputados

O afastamento de Dilma foi aprovado pelo Plenário do Senado no início da manhã desta quinta-feira, seguindo o mesmo entendimento do Plenário da Câmara em votação ocorrida no mês passado.

Golpe
Aos gritos de “Dilma guerreira da pátria brasileira”, a presidente afastada voltou a dizer que foi legitimamente eleita por mais de 54 milhões de brasileiros e que não cometeu crime de reponsabilidade. “Quando a presidente é cassada por um crime que não cometeu o nome que se dá não é impeachment é golpe”, declarou. 

Segundo Dilma Rousseff, a decisão do Senado de aprovar a abertura do processo de impeachment é uma “farsa política e jurídica”, baseada em um “processo frágil e injusto”. 

“O destino sempre me reservou muitos desafios. Alguns pareceram a mim instransponíveis, mas eu consegui vencê-los. Sofri a dor indizível da tortura, a dor aflitiva da doença e agora eu sofro a dor inominável da injustiça”, disse a presidente afastada. 

Dilma Rousseff disse ainda que pretende lutar, valendo-se de todos os instrumentos legais de que dispõe, para exercer o seu mandato final – 31 de dezembro de 2018. “A luta pela democracia não tem data para terminar. A luta contra o golpe é longa, pode ser vencida e nós vamos vencer.” 

A presidente afastada também sustentou que o que está em jogo não é apenas o seu mandato, mas o respeito às urnas, à soberania do povo e à Constituição Federal. 

“O que está em jogo são as conquistas do últimos anos, das pessoas mais pobres e da classe média; das crianças e dos jovens, que chegam às universidades e às escolas técnicas. [O que está em jogo] é a valorização do salário mínimo; é a realização da casa própria, com o Minha Casa Minha Vida”, ressaltou Dilma Rousseff.

Créditos e pedaladas
Ao comentar pontos da denúncia, Dilma disse que está sendo julgada por ter praticado atos legais, corretos e necessários, que também foram praticados por outros presidentes. 

“Acusam-me de ter editado seis decretos de crédito suplementares e, ao fazer isso, ter cometido crime contra lei orçamentária. Ora, os decretos seguiram autorização prevista em lei”, disse Dilma, rebatendo a acusação de ter aberto créditos suplementares via decreto presidencial, sem autorização do Congresso Nacional.

Dilma também rebateu a acusação de ter adiado repasses para o custeio do Plano Safra, o que teria obrigado o Banco do Brasil a pagar benefícios sociais com recursos próprios – o que ficou conhecido como pedalada fiscal. “Acusam-me de ter atrasado o pagamento ao Plano Safra. Nada determinei nesse sentido”, disse Dilma, ao acusar os denunciantes de não conseguirem comprovar qual crime de responsabilidade ela teria praticado.

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