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Nove presos são suspeitos de ordem de ataques a ônibus em São Luís

Serviço de Inteligência identificou a cela de onde partiu a ligação telefônica.
Todos os detentos devem ser transferidos para a penitenciária São Luís III.

A polícia investiga nove presos suspeitos de ordenar, de dentro do Complexo Penitenciário de Pedrinhas, os ataques a ônibus registrados na capital nessa quarta-feira (1º). Todos foram levados para a sede da Secretaria de Estado de Investigações Criminais (Seic), no Bairro de Fátima. A investigação está em andamento.

Na quarta, dois ônibus foram incendiados em São Luís: um no bairro Recanto dos Vinhais e outro no Piquizeiro. O primeiro foi completamente incendiado. O segundo parcialmente, pois populares conseguiram conter as chamas.

“Através de um serviço de monitoramento conseguimos detectar a cela de onde tinha partido a determinação para atear fogo em ônibus, onde estavam esses nove elementos. Estamos investigando para saber de qual deles partiu a ordem”, afirmou o superintendente da Seic, Luís Jorge Matos. Todos devem ser transferidos para a penitenciária São Luís III.

Dois irmãos, um de 19 anos e o outro de 20, foram presos por suspeitas de participarem do atentado ao ônibus no bairro Recanto dos Vinhais. Segundo a polícia, os dois foram presos em casa, após denúncias anônimas, e foram reconhecidos pelo motorista que conduzia o coletivo incendiado. Ainda segundo a polícia, um terceiro suspeito, identificado como Eduardo Patrick Lago, de 19 anos, reagiu à prisão e morreu em confronto com a polícia.

Segundo o comandante da PM, trabalhos estão sendo intensificados para evitar novos atentados. “Há uma nova administração da Sejap, que está implantando sua filosofia de trabalho. Preso não pode ter regalia de jeito Nenhum. Nós estamos trabalhando aqui, forte. O secretário de Segurança está trabalhando na parte de gestão do sistema na integração das políciais. Hoje, o Serviço de Inteligência nosso é integrado e nós estamos acompanhando 24 horas as ações”, afirmou coronel Zanoni Porto.

Nesta quinta, os ônibus voltaram a circular normalmente em toda a região metropolitanade São Luís.

Ataques em janeiro
No mês de janeiro deste ano, uma criança de seis anos morreu após um ônibus ser atacado no bairro da Vila Sarney, em São Luís. Ana Clara Santos Sousa  teve 95% do corpo queimado. Ela estava com a mãe e a irmã quando o veículo foi invadido e incendiado por homens armados. Onda de ataques que vitimou Ana Clara Santos Sousa começou depois de uma operação realizada pela Tropa de Choque da Polícia Militar no Complexo de Pedrinhas, com o objetivo de diminuir as mortes nas unidades prisionais do Estado.

O Complexo Penitenciário de Pedrinhas formado por oito unidades, em São Luís: Penitenciária de Pedrinhas, Centro de Detenção Provisória (CDP), Central de Custódia de Presos de Justiça (CCPJ), Centro de Triagem (CT), Casa de Detenção, Presídio São Luís I e II (PSL I e PSL II) e Centro de Reeducação e Integração Social das Mulheres Apenadas (Crisma) ou Presídio Feminino (PF). O Complexo é conhecido internacionalmente pelos problemas de segurança gerados por fugas e mortes, e também foi palco de brigas de facções, com presos decapitados.

Com os dois registros de incêndio a ônibus dessa quarta-feira (1º), sobe para 19 o número de ataques a ônibus, microônibus, viaturas da polícia e carros particulares este ano na capital maranhense. Destes, 12 eram ônibus. De acordo com a polícia, 14 homens foram presos e, cinco menores, apreendidos, suspeitos de integrar facções criminosas e participar dos incêndios.

Fonte: http://g1.globo.com/

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