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Justiça manda Estado comprar marca-passo para que bebê sobreviva

Isabelly Vitória, de 15 meses, é de Rolândia e está internada em Curitiba.
Aparelho de R$ 500 mil vai ajudar criança a respirar normalmente.

Os pais Isabelly Vitória, de 15 meses, que está internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) no Hospital das Clínicas em Curitiba desde setembro, conseguiram na Justiça uma liminar que obriga o Estado a comprar um marca-passo diafragmático para melhorar a respiração e possibilitar que a criança receba alta médica. O aparelho custa R$ 500 mil, e a família pedia o equipamento ao Estado e à Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba há um mês. A decisão é de sexta-feira (21) e, agora a Secretaria Estadual de Sáude (Sesa) tem dez dias para entregar o aparelho ao hospital e assim realizar o implante.

Há quase um ano Isabelly foi internada na UTI do Hospital Infantil de Londrina, no norte do estado, com infecção. Durante sete meses a equipe médica tentou diagnosticar a doença, mas não conseguiu. Somente depois de uma liminar judicial, o Estado foi obrigado a transferir a criança para um hospital especializado em Campo Largo, na Região Metropolitana de Curitiba, onde os pais de Isabelly descobriram que a filha sofria de imunodeficiência grave, uma doença rara. Em setembro, ela passou por um transplante de medula óssea no Hospital de Clínicas, entretanto, para receber alta médica e poder voltar para casa, precisa do marca-passo. “Desde dezembro de 2013 a nossa filha não vai para casa e não conseguimos pegá-la no colo por muito tempo, sermos uma família. Com o implante do marca-passo a esperança voltou e temos certeza que ela [Isabelly] vai ficar bem”, anima-se o pai de Isabelly, Wagner Mello.

Os pais procuraram a Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba e a Sesa, mas os pedidos foram negados. Sem condições de pagar pelo aparelho, a família entrou na Justiça. “Nós tivemos que entrar com uma ação, porque os dois órgãos se recusavam a comprar dizendo que o equipamento não fazia parte da tabela do SUS”, explica o pai de Isabelly.

Antes do pedido judicial, Mello descobriu que um aparelho igual ao que Isabelly precisa estava disponível em Curitiba, mas foi informado pela secretarias de Saúde que o equipamento não poderia ser utilizado. “Nos informaram que o implante não poderia ser realizado porque o aparelho disponível estava reservado para outra criança. Mas, descobrimos que esse bebê não podia fazer a cirurgia, e o marca-passo estava parado”, argumenta.

Na decisão, o juiz Emil Gonçalves determina que o aparelho seja pago apenas pelo Governo do Paraná e afirma que o equipamento vai assegurar o direito à vida e à saúde da criança longe do hospital. Conforme a ação, com o marca-passo Isabelly não dependerá mais do respirador artificial.

Para a família, a decisão é mais uma vitória. “Sem esse aparelho ela [Isabelly] corria o risco de morrer. Acreditamos que agora ela será uma criança saudável, vai aprender a andar e falar ”, aponta Mello. “A nossa luta só vai terminar quando a Isabelly estiver bem, sendo uma criança como outra qualquer”, acrescenta.

O Hospital de Clínicas informou que o Estado deve entregar o aparelho até quarta-feira (26). Após isso, a cirurgia para implantar o marca-passo será marcada pela equipe médica.

Fonte: http://g1.globo.com/

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