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Fortaleza e Juazeiro do Norte perdem 43% de toda a água tratada, diz estudo

Caucaia desperdiça 46% de toda a água, afirma ONG Trata Brasil.
Em 62 das 100 cidades analisadas, se perdeu entre 30% e 60% da água.

Fortaleza desperdiça 43% de toda água distribuída na cidade, segundo o ranking de saneamento básico, divulgado nesta quarta-feira (27) pelo Instituto Trata Brasil. O estudo contempla as 100 maiores cidades do Ceará, e Fortaleza ficou em 66º na lista das cidades que perdem água na distribuição. Ainda segundo o estudo, Juazeiro do Norte que mais desperdiça água no Ceará a 88ª do Brasil; Caucaia aparece na posição 63

Os dados do estudo são do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), do Ministério das Cidades. A última atualização é referente a 2012.

De acordo com o estudo, as perda se refere à água que foi tratada e fornecida para consumo, mas que não foi cobrada porque se perdeu em vazamentos, foi roubada em ligações clandestinas ou teve erros na medição. Segundo a ONG, sem o retorno do dinheiro gasto com energia e produtos químicos para tratar a água, as empresas investem menos na melhoria do sistema.

Segundo o levantamento, em 62 das 100 cidades analisadas, se perdeu entre 30% e 60% da água tratada para consumo no ano de 2012. Em cidades como Porto Velho e Macapá, a cada 10 litros de água produzidos, 7 eram perdidos.

Somente quatro cidades mantiveram as perdas abaixo de 15%. “Isso é preocupante vindo de cidades que têm poder econômico para resolver essas perdas e que deveriam impulsionar a melhora deste indicador, que tem uma influência grande na expansão do sistema de saneamento básico”, afirma o presidente-executivo da Trata Brasil, Édison Carlos.

Para Édison Carlos, as cidades que desperdiçam mais de 70% da água têm um “descontrole total” da distribuição. “Não há controle de vazão, de pressão das linhas. As perdas são altíssimas.”

Desde 2009, o Instituto Trata Brasil elabora o ranking que avalia as condições de saneamento básico em 100 cidades brasileiras com mais de 250 mil habitantes. São analisados critérios como rede de fornecimento de água potável, coleta e tratamento de esgoto, além das perdas de água.

Metas
Pela primeira vez, o Instituto Trata Brasil fez uma projeção com as 20 piores e as 20 melhores cidades para saber se elas alcançarão a meta do governo de universalização do saneamento básico até 2033 – 92% da população com serviço de coleta e 86% do esgoto tratado.

Caso mantenham o ritmo de poucos avanços no setor, 19 das 20 piores cidades não alcançarão a meta – a exceção é Manaus. Entre as 20 melhores, 14 já atingiram a universalizazção, e outras 6 precisam manter o ritmo de investimento no saneamento para alcançar a meta do governo federal.

As 20 melhores e as 20 piores do ranking do saneamento
1- Franca (SP)
2- Maringá (PR)
3- Limeira (SP)
4- Santos (SP)
5- Jundiaí (SP)
6- Uberlândia (MG)
7- São José dos Campos (SP)
8- Sorocaba (SP)
9- Curitiba (PR)
10- Ribeirão Preto (SP)
11- Ponta Grossa (PR)
12- Taubaté (SP)
13- Londrina (PR)
14- Niterói (RJ)
15- São José do Rio Preto (SP)
16- Volta Redonda (RJ)
17- Praia Grande (SP)
18- Belo Horizonte (MG)
19- Uberaba (MG)
20- Piracicaba (SP)

81- Natal (RN)
82- Manaus (AM)
83- Várzea Grande (MT)
84- Cariacica (ES)
85- Aparecida de Goiânia (GO)
86- Belford Roxo (RJ)
87- Canoas (RS)
88- Juazeiro do Norte (CE)
89- Teresina (PI)
90- São Gonçalo (RJ)
91- Santarém (PA)
92- Gravataí (RS)
93- Duque de Caxias (RJ)
94- São João de Meriti (RJ)
95- Nova Iguaçu (RJ)
96- Macapá (AP)
97- Belém (PA)
98- Jaboatão dos Guararapes (PE)
99- Ananindeua (PA)
100- Porto Velho (RO)

Fonte: http://g1.globo.com/

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