Coluna (Re)pensando os Direitos Humanos, por Ralph Schibelbein, articulista do Jornal Estado de Direito.
O Brasil, assim como os demais países do mundo, vem enfrentando nos últimos meses uma pandemia que se mostra como uma ameaça à saúde, mas também ataca a vidas das pessoas em diferentes áreas. Para além da falsa dicotomia entre “o Brasil não pode parar” e a defesa de uma medida mais radical de isolamento, o país deve ter claro que a vida de CPFs importa absolutamente mais do que de CNPJs. E é justamente nesse sentido que o Estado deve agir na defesa da vida e da dignidade humana.
Não é a primeira pandemia que assola o planeta terra e, infelizmente não há nada que indique que seja a última, mas são em momentos limites como esses que as políticas públicas podem e devem auxiliar os brasileiros a seguirem com os menores abalos possíveis. O Estado que nos últimos anos vem sendo confundido com políticas partidárias ou governantes, tem a obrigação de prestar assistência especialmente em nações como a brasileira, que tantas pessoas dependem deste apoio para sobreviver.
Políticas públicas não deveriam ser vistas como favores e sim como responsabilidades por parte de nossos líderes democráticos para com seu povo. Embora possamos perceber a irresponsabilidade, internacionalmente divulgada de quem ocupa atualmente a presidência do país, nós acompanhamos com respeito as medidas adotadas por boa parte dos governos estaduais.
No Rio Grande do Sul, o governador segue informando diariamente e divulgando de forma clara e responsável, com respaldo científico e parceria com universidades, os dados e as medidas adequadas para esse contexto de crise. O que deveria ser natural, devido ao momento extraordinário que estamos passando, em vários sentidos, nos faz perceber e valorizar ainda mais atitudes como essas. Porém o que queremos tratar é mais especificamente o importante trabalho que vem sendo realizado pela Secretaria de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos do Estado dos gaúchos e gaúchas.
No início dos casos do COVID 19 ouviu-se argumentos dizendo que essa pandemia não faria distinção social e, portanto, pegaria a todos igualmente. Com o passar das semanas viu-se, porém que isso não era real e que a chaga da desigualdade social brasileira também estaria aberta e atingido distintamente os brasileiros. Uma nação como a nossa, forjada na escravidão e caracterizada pelo abismo da desigualdade, necessita de um olhar atento por parte dos governos para os mais vulneráveis.
A Secretaria de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos, por meio do Departamento de Direitos Humanos e Cidadania, está atendendo as demandas advindas da pandemia de Covid-19 na busca da minimização dos impactos sociais no cotidiano da população em situação de vulnerabilidade social, por meio da realização de ações e acesso às informações.
Pessoas físicas ou jurídicas podem auxiliar através da destinação do seu imposto de renda. Estão sendo feitas campanhas de arrecadação para os fundos: Fundo Estadual de Pessoas Idosas (FUNEPI) e Crianças e Adolescentes (FECA), com a #DestinarParaSalvarVidas. A secretaria também está se fazendo presente através de doações mais de 11 mil cestas básicas. Esse olhar é destinado à população em situação de vulnerabilidade, povos e comunidades tradicionais, pessoas com deficiência e população pessoas LGBT.
Os Centros das Juventudes (CJs) do Programa de Oportunidades e Direitos (POD) estão com a campanha #TodosPelaVida, onde os jovens mobilizados e solidários às suas comunidades, auxiliam através de disseminação de informações e combate às Fake News. Também atuam na doação e arrecadação de alimentos, fomentam o comércio local e ainda confeccionam máscaras para proteção que são doadas aos moradores.
Se por um lado vemos exemplos de egoísmo e falta de empatia por parte de representantes políticos e de empresários, num outro lado podemos enxergar atitudes assertivas e humanizadoras por parte do Estado e da sociedade civil.
Essa elite que grita, dança e faz carreata não está preocupada com a economia como alega. Caso estivesse, essa preocupação abarcaria o cuidado com todo o sistema, incluindo os trabalhadores. Ela está preocupada com seu próprio bolso. Em não perder seus privilégios. E grande parte da classe média age como um cão de guardada elite, reproduzindo um discurso sem entendê-lo.
Enxerguemos os bons exemplos e nos deixemos inspirar por eles. Afinal, em um contexto tão desafiador como o que estamos vivendo, podemos arrancar uma oportunidade para nos tornarmos melhores enquanto indivíduos e sociedade.
SEJA APOIADOR
Valores sugeridos: | R$ 20,00 | R$ 30,00 | R$ 50,00 | R$ 100,00 |
FORMAS DE PAGAMENTO
Depósito Bancário:
Estado de Direito Comunicação Social Ltda
Banco do Brasil
Agência 3255-7
Conta Corrente 15.439-3
CNPJ 08.583.884.000/66
|
Pagseguro: (Boleto ou cartão de crédito)
|
R$10 | |
R$15 | |
R$20 | |
R$25 | |
R$50 | |
R$100 | |